Albion

O outrora próspero reino de Albion enfrenta 15 anos de guerra que deixa o Povo multilado e miserável. As cidades e aldeias se tornaram ruinas e muitas estão abandonadas. A terra se tornou infértil e onde deveriam haver cobertores brancos ou multicoloridos de cereais e frutos maduros prontos para serem colhidos há apenas terras queimadas cobertas de ervas daninhas e abandonadas. Assim como as cidades que antes viviam abarrotadas de pessoas onde as crianças corriam e brincavam o tempo todo e os homens elevavam suas vozes para se fazerem ouvir por sobre o burburinho comum das ruas, agora se encontram vazias e descuidadas tendo como moradores muitas mulheres viuvas e crianças órfãs, velhos em demasia e homens aleijados.

Detrás das ruas vazias e sujas se estende o Castelo de Harbra, sombrio e ameaçador. No salão que outrora vivia repleto de cortesãos e convidados sempre colorido e iluminado o rei está só em seu trono no salão escuro e silencioso.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

CRÔNICAS DA SUCESSÃO - VOLUME 3 - 3

CAPÍTULO 2 - CORRAM GREYHAWKS, CORRAM

Abatidos seguiram viagem de volta para Harbra levando consigo uma carta do conde e do bispo ao rei que deveria decidir qual o destino de Vintas. E levando também Billy e uma das jovens cativas para testemunharem e serem interrogados como o rei quiser. Se o fogo ou a preservação. Pernoitaram em Bristol, mesma cidadezinha em que dormiram na viagem de ida. Mantiveram pouco contato com os entusiasmados moradores e seguiram seu caminho cedo.

Em Harbra foram com urgência ver o rei e juntamente com Billy e Tina (esse era o nome da jovem que escolheram trazer como testemunha). No meio do relato, Adele descrevendo o que foi encontrado no quarto do necromante, desembrulhou a manopla suja de sangue, pus e carne que ela arrancou do braço do morto. Nisso ela desmaiou e foi cercada de pessoas preocupadas. Ela se encontrou no mundo dos sonhos, em um quarto fechado repleto de móveis empoeirados e cobertos por lençóis e janelas com cortinas. Auri disse que a havia chamado ali. Os homens maus que Adele aconselhou que os evitasse estavam na cidade, ela os vira na praça do mercado, e estavam procurando por ela. Pediu ajuda a Adele e ela prometeu ajudá-la.


Voltando a si ela expõe a situação de forma sintética, sem contar sobre os sonhos. Ela então pede permissão para partir imediatamente e combina de levar consigo Áfera. Já Cancha e Ash são enviados pelo rei para investigar o sumiço de algumas crianças na Floresta dos Elfos. Providencias são tomadas, equipamentos ajeitados, cavalos trocados as duplas seguem cada um para o seu lado. Adele e Áfera para norte, Macindaw, no reino de Salemas, Cancha e Ash para Floresta dos Elfos. A dupla que cavalga para o norte combina de seguir interruptamente parando apenas para trocar os cavalos em Zazie, pois tinham urgência.

Enquanto isso a outra dupla de Greyhawks, cavalos deixados na margem da floresta, seguiam pela Floresta dos Elfos, procurando rastros das crianças. Eles seguiram por horas até encontrarem os restos de uma cidade élfica, lapidada nas próprias árvores da floresta. Já era noite. Os rastros davam a uma das muitas construções. Uma árvore bem larga, uma porta dupla caída, cada um com uma tocha na mão adentraram a construção. Logo se viram em uma sala circular onde se via no centro um pedestal e um grande número de bancos em círculo. Porém tudo desgastado e podre. Mesmo assim dava para ter um vislumbre das gravuras que cobriam toda a extensão das paredes e móveis com temas élficos. No centro spbre o pedestal encontraram uma espécie de bola de cristal que primeiramente emitia uma luz amarela forte, mas aos poucos essa luz foi se tornando pálida e opaca e então deu lugar a uma nevasca, dentro do globo. Ash procurou por armadilhas ao redor, mas não encontrou nada. Mesmo assim resolveram deixar isso para depois e seguirem pela porta que avistaram. Da porta apenas o umbral lhe restava, sendo que ela estava podre e caída no chão. Do outro lado uma escada descendo e um corredor. Seguiram o corredor, que não era muito o longo, até que nele alcançaram duas portas (uma de cada lado) e uma afrente de onde era possível ver uma luminosidade. Resolveram ignorar as portas do corredor e ir direto para seu fim.

Lá havia uma porta dupla que incrivelmente se mantinha inteira e presa à parede, embora não estivesse em boas condições. Tentaram entrar na sala sem fazer barulho, mas a porta que Cancha abriu rangeu ruidosamente. Se viram na entrada de um salão amplo com pilastras sustentando o teto e coberto de entulhos e no entro viram uma mulher de torso nu (a única parte do corpo dela que podiam ver dali), e três crianças presas em uma espécie qualquer de corda penduradas no teto, mas na sala mal iluminada não dava pra ver com clareza. Tanto Ash como Cancha tentaram se esconder atrás de uma pilastra, cada um, mas o fato de estarem carregando tochas não ajudou muito. Ash percebeu isso e se adiantou lançando uma fleha que acertou em cheio as costas da mulher. Ela se virou para eles (realmente nua) e por alguns instantes pareceu flutuar. Cancha foi quem percebeu primeiro que na verdade ela estava se erguendo em suas oito patas de aranha. A criatura fez algo que nenhum dos dois conseguiram identificar, mas Cancha logo se viu preso em uma teia de aranha enquanto Ash conseguiu escapar a tempo por instinto. Enquanto Cancha tentava se soltar da teia a mulher foi para cima de Ash e o atacou com uma lança que parecia um cetro. Ela errou e o Greyhawk revidou, também errando. Cancha depois que se soltou sacou o arco e começou a atirar e enquanto a criatura e seu amigo se erravam ou causavam pouco dano um no outro Cancha acertou o monstro várias vezes. Até que Ash saltou sobre a parte aranha do corpo do demônio para atacá-la, mas não conseguiu se equilibrar e ela foi em direção a parede que começou a escalar. O Greyhawk tentou um último esforço e saltou em direção a a parede, pisou nela pegando impulso para o lado contrário onde acertaria o monstro, mas errou.

O monstro então conjurou alguma feitiço que explodiu no ar com tal impacto que deixou os dois atordoados. Correu então na direção daquele que a havia escalado atropelando-o, mas ele conseguiu sair da frente. Ela chegou até onde estava antes e com sua lança desferiu um golpe no peito de um homem e isso causou mais uma explosão de luz e energia avermelhada que derrubou os heróis no chão e causou um intenso terror em seus corações. Cancha conseguiu conter o medo, mas seu companheiro não. O monstro então correu para Cancha com sua lança em um ataque e fincou o peito do Greyhawk tentando empurrá-lo e derrubá-lo no chão, mas ele resistiu bravamente e sacando sua cimitarra desferiu golpes no monstro que a cada momento fazia mais força para ferir e jogar o jovem ranger no chão que por sua vez desferia mais e mais golpes no monstro que já estava bastante ferido e lesado. Então Ash atirou pelas costas uma flecha que atravessou a nuca do monstro e o matou definitivamente.

O combate terminado Cancha foi até as crianças para ajudá-las e soltá-las enquanto Ash procurava por mais perigo. Uma as crianças estava fraca e desmaiada, uma acordada e se debatendo e outra envenenada. Em determinado momento os dois perceberam que a temperatura estava abaixando rapidamente e avinharam uma noite branca que, de acordo com a crença popular, acontecia quando as portas do inferno eram abertos e demônios atravessam par ao nosso mundo. Partiram rapidamente de volta para Harbra sem esquecerem de levar o globo de cristal consigo. Lá Cancha se pôs a cuidar das crianças e Ash de conversar com Aruon sobre os acontecimentos.

Enquanto isso na estrada para Zazie Adele e Áfera foram pegos de surpresa pela repentina nevasca e buscaram abrigo em uma casa da aldeia que atravessavam por sorte no momento. A família foi muito hospitaleira e gentil com os dois lhe oferecendo um lugar aquecido, uma encorpada sopa quente o onde passar a noite. E quando descobriram que tinham como hospedes dois Greyhawks redobraram as gentilezas e disponibilizaram camas para que eles dormissem o que fez com que algumas pessoas, inclusive os donos da casa, dormissem em outros lugares. Dormiram poucas horas pois já era tarde e quando amanheceu os dois Greyhawks partiram, não sem antes tomar um dejejum que parecia um banquete e deixar para família generosas 4 moedas de ouro. Seguiram então viagem, alcançaram Zazie ainda pela manhã e não se detiveram lá mais do que o necessário para trocar os cavalos e no meio da tarde alcançaram o Portão de Salemas, monumento e ao mesmo tempo refúgio para guarda desse reino vigiar sua fronteira e abrigar um pequeno exército se precisar.

A região é montanhosa e a terra pouco fértil tendo uma vegetação parca e retorcida. No portão são recebidos por soldados salemianos, de tez e olhos claros e cabelos louros. Se apresentam e a carta de recomendação do rei de Albion. Ali os Greyhawks conversam com os soldados e conseguem deles indicações sobre que rumo tomar para chegar a Macindaw e se informam de um festejo local para comemorar a sobrevivência à noite branca.

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