Albion

O outrora próspero reino de Albion enfrenta 15 anos de guerra que deixa o Povo multilado e miserável. As cidades e aldeias se tornaram ruinas e muitas estão abandonadas. A terra se tornou infértil e onde deveriam haver cobertores brancos ou multicoloridos de cereais e frutos maduros prontos para serem colhidos há apenas terras queimadas cobertas de ervas daninhas e abandonadas. Assim como as cidades que antes viviam abarrotadas de pessoas onde as crianças corriam e brincavam o tempo todo e os homens elevavam suas vozes para se fazerem ouvir por sobre o burburinho comum das ruas, agora se encontram vazias e descuidadas tendo como moradores muitas mulheres viuvas e crianças órfãs, velhos em demasia e homens aleijados.

Detrás das ruas vazias e sujas se estende o Castelo de Harbra, sombrio e ameaçador. No salão que outrora vivia repleto de cortesãos e convidados sempre colorido e iluminado o rei está só em seu trono no salão escuro e silencioso.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CRÔNICAS DA SUCESSÃO - VOLUME 1

CAPÍTULO 2 - A BATALHA POR ALCÂTARA

Dunnar é uma aldeia de posição estratégica e apesar de ser pequena resiste bravamente. Uma muralha de madeira recentemente construída o frequentemente reformada protege seu interior e na maior e mais antiga construção se encontra o comandante Shase. Ele recebe de Auditori e Vieri a mensagem do rei e os acomoda em uma casa de um morador local e pede que aguardem até a manha seguinte quando terá para eles uma nova carta.

Eles dormem mal com as precária acomodações e se alimentam pouco com as parcas e já meio estragadas provisões da aldeia e na manhã seguinte o comandante Shase lhes entrega uma mensagem para o comandante Karl Krauss da cidade ao norte de Alcântara.


Após meio dia de cavalgada eles são recebidos por soldados na cidade murada de Alcântara. Uma grande cidade porém vazia com poucas plantações verdes ao seu redor. Pelas ruas quase só vêem soldados. São recebidos pelo comandante em sua residência construída junto à Igreja de Sunnudar, deus Sol. Ele recebe dos mensageiros a carta de Shase. Enquanto não têm a resposta do comandante se acomodam na taverna e hospedaria da cidade, a Taverna do Tordo. Pela cidade vêem a miséria nos seus poucos habitantes e até mesmo na situação prec´ria dos soldados e suas armaduras e armas desgastadas. Por fim o comandante Krauss designa um cavaleiro a sua escolha por ordem do rei que deverá então fazer parte do grupo de mensageiros, o jovem porém talentoso Henrique III.

Na manhã seguinte recebem uma missão do comandante, ir investigar a situação de uma pequena vila seguindo ao norte pela Estrada Real. Da aldeia deveria ter chegados homens e suprimentos no dia anterior, mas nada chegou por aquela estrada. Auditori, Henrique e Vieri seguem com o apoio dos soldados Summers, Prado e Josh, que coincidentemente são os soldados que os receberam na cidade na tarde anterior.

Eles seguem pela estrada quase meio dia de viagem à cavalo quando chegam enfim à vila. Encontra o lugar aparentemente abandonado a não ser por um velho que se dirige a eles saindo de um esconderijo. Ele os avisa que é uma cilada e deveriam fugir, mas é tarde demais pois eles são cercados e entram em combate contra soldados de Hyllestad. O velho é pisoteado pelo cavalo de um dos soldados inimigos e então tem inicio uma breve porém sangrenta batalha. Summers se mostra experiente com a espada, Henrique III trespassa inimigos com sua lança em carga, Vieri é rápido e mortal com suas flechas e Auditori, Prado e Josh são combatentes de talento.

Após o combate eles conseguem reunir o restante do povo da vila que se encontrava escondida para entender o que havia acontecido. Descobriram que há alguns dias um pequeno grupo de soldados de Hyllestad invadiram a vila e mataram o pequeno contingente de soldados e se impuseram sobre a população restante, algumas jovens, muitas criança e velhos assim como aleijados. Os três decidiram que não era seguro para essas pessoas permanecerem ali e decidiram levá-las para cidade pois poderiam chegar mais homens de Hyllestad a qualquer momento. com a  ajuda do Padre Michell da paróquia da cidade conseguiram convencer a maioria a partir, mas alguns não quiseram abandonar o lugar. Com alguns cavalos a mais, dos soldados invasores levaram uma carroça com suprimentos e pessoas que não conseguiriam andar e seguiram a uma marcha lenta de volta pela estrada. Quando a noite caiu eles puderam avistar ao longe, mas nem tanto, uma grande movimentação na direção do terreno inimigo pelas tochas e fogueiras. Aparentemente eles estavam se reunindo em grande parte ao redor da cidade. 

Summers e Henrique III decidiram ir à frente para avisar e pedir ajuda enquanto os demais continuariam seguindo. Os dois seguiram a galope e chegaram à cidade no meio da noite com as notícias. Conseguiram soldados da cidade para irem buscar os refugiados. Os refugiados foram atacados mas com a ajuda dos soldados da cidades foram protegidos e os inimigos mortos, menos um que foi feito prisioneiro. No início da manhã eles conseguiram chegar à cidade com os refugiados e prisioneiro e então os portões foram fechados. Interrogaram e surraram o prisioneiro em busca de informações. Aguardaram ansiosamente pelo ataque que chegou durante a tarde. Nesse meio tempo Vieri encontrou seu filho mais velho, Tom, que descobriu ser o líder dos arqueiros da cidade.

A batalha foi demorada e sangrenta. A primeira coisa que os atacantes fizeram foram incendiar as fazendas que provinham a cidade. Vieri se posicionou na muralha com seu arco, Auditori com sua besta enquanto Henrique, Summers, Prado e Josh permaneceram no pátio atrás do portão. Flechas mataram atacantes e defensores até que os inimigos conseguiram transpor a muralha com escadas e então destruírem o portão com um aríete manipulado por uma vintena de homens. Muitos bons homens foram mortos e tantos outros feridos. 

Vieri foi espetado por pelo menos seis flechas que permaneceram pregadas em sua armadura. Ele manteve sua posição na muralha até o momento, tarde na batalha, em que viu seu filho sendo derrubado dentro da cidade em meio às casas longe na outra ponta da muralha. Então desceu as escadas e procurou abrir caminho até seu ele. Auditori atacou com sua besta até o momento em que o portão foi derrubado e então se juntou a Vieri em sua busca pela cidade. Henrique, no meio da batalha em frente ao portão, cortava, estocava e derrubava seus inimigos com sua espada.

Depois de um breve combate com um grupo de invasores Vieri e Auditori alcançaram a posição de Tom, que estava caído no chão e desacordado e sendo protegido por Prado, Summers e Josh de um grupo de atacantes. Os dois se juntaram ao grupo e mataram os soldados de Hyllestad. Tom estava vivo, embora contundido e ferido.

A batalha se estendeu quase até o fim da tarde e o lado defensor saiu vitorioso, mas perdeu muito. O contingente de soldados caiu consideravelmente, as fazendas foram perdidas com o inverno se aproximando e a muralha e o portão sofreram muitos danos. Um dos muitos mortos foi Josh. Vieri, Auditori e Henrique se feriram,mas não gravemente. Krauss recebe os refugiados em sua cidade prevendo mais racionamento, mas oferecendo tudo que pode.

Os três mensageiros recebem a missão de entregar uma carta na cidade de Zazie ao comandante Hegel Lacroix e partiriam na manhã seguinte. Aquela noite todos pernoitem no casarão de Henrique III que é um nobre de posses. Durante a noite bebem em companhia de Summers que ao saber que os três vão ainda mais para norte a pedido do comandante pede que eles entreguem uma carta pessoal a Allys. Dele descobrem que Allys, Malcon e Ryan se dirigiam à Giddeon quando então não mais foram vistos. Summers não sabia nada sobre o desaparecimento dos mensageiros.

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